segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

as versões do "Victory"!!

O modelo “Victory” é sem dúvida o mais famoso modelo da linha Serrano Amps por sua incrível versatilidade, atendendo a todos gêneros musicais.
Algumas versões do Victory, contudo, possuem características ou incrementos especiais e/ou singulares.
Qualquer modelo Victory pode também ser feito como cabeçote.
Segue abaixo todos modelos com suas principais características.

- Victory 45, que é o modelo padrão, com  o clássico painel de 4 input (entradas) e dois controles de volume independentes, um para canal normal e outro para canal "bright".
pode ser feito com circuitos:
- "fender bassman 1959" com duas válvulas de potência 6L6GC
- Marshall JTM45, com duas válvulas KT66
- Marshall JMP 50 Lead 1987 (igual ao Super Lead, porém com 50w) este modelo é igual também ao primeiro JCM800, de 4 input, feito pela Marshall em 1981.

- Victory 90, idêntico ao Victory 45, porém com o dobro de potência.
Possui 4 válvulas de potência conforme o modelo escolhido.
Somente na versão cabeçote.

- Victory 90 SW
Este é o "Switchable Wattage"
Possui um circuito inédito de troca de potência que mantém todas válvulas do amp trabalhando, embora o circuito envie o sinal do pré-amplificador para TODAS ou apenas para DUAS das 4 válvulas de potência.
O novo sistema mantém corretas as impedâncias e voltagens de trabalho do amplificador, para mudança de potência de saída sem nenhuma alteração no timbre atingido.
Um exemplar deste amplificador pertence ao guitarrista Hernan Gonzalez, da banda "Vera Loca".

- Victory Traveler - mesmo circuito do Victory 45, mas com painel menor, possibilitando construção de um combo 1x12 com menor dimensão (50x50cm)
O cabeçote deste modelo também fica com dimensões reduzidas, evidentemente.

- Victory 40 Rectifier - Idêntico ao Victory 45, porém com retificação a válvula (5U4), e válvulas de potência 5881.
este, dentre todos os Victory, remonta o mais original circuito da década de 50, e ajuda muito àqueles que utilizam o amplificador em timbre limpo, devido a compressão sonora que a retificadora faz nos circuitos em classe AB como este.
Uma inovação:
Este modelo teve seu circuito desenhado para usar a válvula retificadora 5U4, que possui muito mais compressão do que a 5AR4 do circuito original.
Foi necessário então o redimensionamento da fonte, visto que a 5U4 produz maior queda de tensão, para manter as tensões de trabalho originais do circuito.

- Victory DA
A sigla "DA" significa "dual attitide".
Este modelo possui algo inédito no mundo dos valvulados para guitarra
O estágio de potência do DA possui duas formas de trabalho que estão à disposição do guitarrista mediante uso de uma chave atrás do amplificador.
As formas de trabalho são "compressão" ou "dinâmica".
na opção "compressão" o amplificador possui uma compressão/achatamento de sinal na entrada do estágio de potência. Isso transporta o amplificador para os padrões de timbre originais do bassman, que já era um início do padrão para os anos 60.
na opção "dinâmica" o estágio de potência trabalha sem esta compressão de sinal, ganhando uma resposta dinâmica enorme conforme o ataque às cordas da guitarra.
Os harmônicos do estágio de potência crescem de forma notória conforme a dinâmica que o guitarrista imprime ao instrumento. O timbre também ganha uma característica um pouco mais agressiva, mas ao mesmo tempo singular.
O Victory DA é um amplificador que carrega consigo os dois principais conceitos de estágios de potência que foram escolhidos de forma distinta pelos mais diversos fabricantes.
A diferença é que o DA possui os dois mundos, em um amp só.

- Centurion
este não deixa de ser um amplificador da família Victory também, pois é o mesmo amplificador mas com válvulas menos potentes.
O Centurion utiliza um par de válvulas 6V6 de potência, entregando 22w de potência de saída.
Pode ser feito na versão Traveler, ou com o mesmo painel largo (4 entradas) do Victory 45

- Centurion 44 SW
assim como o Victory 90 SW, porém com potência 22/44w.

Sobre os painéis dos "Traveler"
A diferença de painel dos modelos Traveler está no sistema de entradas de sinal.
O Victory 45 utiliza 4 entradas, sendo duas entradas (high e low) para o controle de volume NORMAL, e as outras duas entradas (high e low) para o controle de volume BRIGHT. sendo que o equalizador funciona para ambas entradas. Este é o sistema original do tweed bassman, jtm45, jtm50, JMP50, Vox AC50, primeiro jcm800, e todos os outros famosos depois deles.
No Victory Traveler eu eliminei a duplicidade de entradas, colocando apenas as entradas high e low, um só controle de volume e uma chave para ligar a opção bright. assim vc não precisa desplugar sua guitarra para mudar o recurso do brilho.
 


painel largo para os modelos
Victory 45, Victory 90 e Victory 40 Rectifier

 

painel menor do modelo
Victory Traveler


terça-feira, 6 de novembro de 2012

Majesty

"Majesty" é o nome de mais um novo modelo da linha Serrano Amps.
Um supremo amplificador para se extrair os timbres limpos da guitarra.
O conceito do Majesty nasceu do uso da plataforma de circuito do Victory (circuito 5f6-a), mas com alterações que lhe fizeram obter os timbres mais limpos oriundos de seu estágio de potência assim como a característica comum dos amplificadores da década de 60.
As vantagens do Majesty sobre os circuitos da década de 60 são a maior controlabilidade para equalização com um controle de médios com o dobro de atuação (comparação com os "blackface") e a existência do controle de presence (inexistente na linha "blackface")
Portanto, para aqueles que pensam num timbre estilo "blackface", podem agora imaginar este mesmo timbre com muito mais versatilidade.

Imagens deste amplificador estarão disponíveis dentro em breve.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Harp Emperor

Harp Emperor
estilo anos 50 com progressão de distorções

circuito tendo por base os estágios de potência dos amplificadores da era "Tweed", da primeira metade dos anos 50.

Amplificador clássico para timbres estilo os grandes mestres do blues da era Chess Records e destinado a palcos maiores por seu alcance em 30w, mas possível de ser usado em palcos menores visto seu novo resurso de ajuste de potência.

O Harp Emperor agora disponível apenas na versão Optimum Design.
descrição detalhada do Harp Emperor neste link:
https://sites.google.com/site/serranoamps/Home/harmonica-amplifiers/emperor-od

Assista a sonoridade do Emperor:




Garage Blaster, Tone Revive, STR, Duke e Super Duke

O que há de comum e de diferente nestes modelos??
Estes modelos da linha Serrano Amps possuem o mesmo circuito!!
Algumas alterações noque diz respeito a acabamento, falantes, layout ou válvulas de potência é o que diferencia um do outro.
Todos estes possuem a seguinte característica:
"Circuito baseado nos pequenos amps dos anos 50 famosos pela facilidade com que extraiam timbres rudes. Timbres estes que determinaram toda uma nova era, e a utilização do amplificador não apenas para amplificar o som, mas sim para gerar a sonoridade que abriria os horizontes da guitarra e da música do século 20."
...o mesmo tipo de estágio de potência single-ended de arquitetura classificada como “class A”...  esta é uma das razões de sua multiplicidade de harmônicos tão buscados pelos gaitistas e guitarristas de blues que apreciam o vintage blues elétrico.

Pra bem exemplificar isso, aqui vai um vídeo da banda The Headcutters, com o guitarrista "Maca" tocando em um Tone Revive open head. Neste caso, o amplificador é o único recurso de timbre utilizado para extrair as sonoridades da guitarra.




 

Histórico do circuito TR (Tone Revive) na linha Serrano Amps

O primeiro modelo chamou-se Tone Revive, da linha Serrano Amps (que em breve retornará a linha de produtos) tendo circuito bastante simples como os antigos amplificadores do início da década de 50, que em geral possuíam uma válvula de pré-amplificação e uma válvula de potência apenas. Em sua maioria eram amplificadores da ordem de 5w com uma válvula de potência 6V6, mas o Tone Revive iniciou seu histórico direto com uma válvula 6L6GC obtendo 12w de potência de saída.
Um mesmo modelo com menor potência foi também concebido, chamando-se "Duke", com uma 6V6 e fornecendo 6w de potência de saída, nos mesmos moldes dos antigos.
A diferença neste caso é que o Tone Revive produz sons de tendência sempre mais distorcidos, uma vez que a 6L6 exige maior sinal do pré-amplificador, que por ser muito pequeno, não consegue alcançar o sinal necessário para a 6L6 obter harmônicos sem que comece a distorcer no pré-amplificador; Ao passo que o Duke produz então melhores timbres limpos (neste mesmo circuito) devido a menor exigência de sinal de entrada da 6V6.

Outra característica comum destes modelos é que todos eles não possuem o "loop de negativação", o que eleva a chance de distorcerem mais do que os outros amplificadores de mesma arquitetura mas que possuem o loop.
O loop de negativação, embora muito presente em amplificadores para áudio, música, PA, torna-se mais empregado nos circuitos de amplificadores para guitarra na segunda metade dos anos 50.
Para melhor entender o significado e características da implementação do loop de negativação, leia este link:
http://serranoamps.blogspot.com.br/2010/09/loop-de-negativacao-do-estagio-de.html

Dobrando a potência dos single...
A Serrano Amps possui um histórico incomparável no estudo e fabricação dos amplificadores single-ended na América do Sul, pois protagonizou os primeiros (e atuais) amplificadores single-ended com válvulas de potência em paralelo. A intenção é bastante óbvia: obter maior potência sem perder a característica tonal dos circuitos single-ended. Foi assim então que nasceram os modelos "STR" (Super Tone Revive), e o "Super Duke", que são versões do Tone Revive e do Duke, respectivamente, mas cada um com duas válvulas de potência em PSE ("parallel single-ended").

Em um determinado momento da história dos Serrano Amps uma nova linha de amplificadores com acabamento mais simples foi feita para atender a mesma necessidade, porém com preços um pouco mais acessíveis conforme demanda de vários clientes. Nasceu a linha Rat Rod, com o modelo "Garage Blaster":
http://serranoamps.blogspot.com.br/2011/06/chegou-o-garage-blaster.html
As versões do Garage Blaster são com 14w ou com 28w, possuindo idêntico circuito do que os modelos Tone Revive e STR.


O Tone Revive e Super Tone Revive ganharam também versões chamadas de "mini-head", pequenos cabeçotes de montagem híbrida de madeira e metal.
E também um "open mini-head", que seria uma versão "aberta" do cabeçote para uso desktop.
Esta versão "open mini-head" é a que aparece no vídeo acima.
O referido amplificador pertence hoje ao exímio guitarrista, e professor, James Liberato.
Algunsdestes exemplos você visualiza neste link:
https://sites.google.com/site/serranoamps/Home/serrano-unique

Embra off-topic, mas não menos importante, um outro notável amplificador com o mesmo estágio de potência em PSE do STR é o "Classman", que nasceu da união do circuito de pré-amplificação do Fender Bassman com o estágio de potência "class A" do STR. podendo então obter maior controlabilidade sobre a obtenção de timbres mais limpos ou mais quentes do mesmo amplificador.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

KNIGHT

Knight é o mais recente modelo da Serrano Amps para amplificadores de baixa potência.
Possui circuito de pré-amplificação baseado no Victory (5F6-a), mas com um estágio de potência em "Class A" com uma válvula 6L6GC.
A versatilidade do Knight é idêntica à do Victory, obtendo desde fantásticos timbres limpos até o rock clássico. Assim como o Victory, o Knight é uma ferramenta para qualquer estilo musical.

O Knight estará disponível para encomendas a partir da primeira segunda semana de novembro deste ano.
As dimensões deste amplificador para combo com um falante de 12 polegadas serão: 50 de largura, 48cm de altura e 23cm de profundidade.


A Serrano Amps já tem a tradição de possuir a maior linha de amplificadores para guitarra em arquitetura single-ended Class A no mundo (sim, no mundo), mostrando assim que está sempre preocupada no resgate das melhores e verdadeiras sonoridades conforme o estilo musical proposto.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Victory DT

Selecione entre 6L6 ou EL34 !!!!

O DT é versão do Victory que carrega em seu interior dois diferentes pares de válvulas de potência, com uma chave que opta qual par de válvulas utilizar. Em função disto se chamou “DT” (“dual tone”), dado a opção de harmônicos que o amplificador possui. É como ter o melhor de dois mundos em um só amplificador, pois é no estágio de potência que está boa parte da identidade sonora do mesmo.
O amplificador pode, portanto, portar um par de 6L6 e EL34, onde o guitarrista pode optar por qual estilo/identidade usar conforme a banda que toca ou gravação que faz. Pode também fazer a troca de válvulas durante um show, caso seja ao gosto do guitarrista para uma ou mais músicas do repertório.
Um amplificador Victory já é uma ferramenta incrível para qualquer gênero desde o Jazz até o mais pesado rock... um Victory DT então é a “ultimate tool” para aqueles que buscam por versatilidade em timbres. Uma opção a mais para aquilo que já parecia perfeito.


A toggle switch to select which pair of output tube you want to use: 6L6 or EL34.
The best of two worlds in one amplifier.
For that one which seemed already perfect.
 

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Serrano Amps com opção de falante Eminence

Vários modelos da linha Serrano Amps e da linha Rat Rod ganharão opção (na encomenda) de falantes Eminence.
Os Eminence tem conquistado sua fatia no mercado de falantes de guitarra pela sua qualidade.
A boa construção, eficiência, alcance de frequências colocou o Eminence entre os melhores do mundo e com preços em geral mais aprazíveis.
A quantidade de diferentes falantes da Eminence é grande e com algumas linhas identificadas para propostas específicas, mas eu escolhi um modelo específico da linha Legend para servir de opção em amplificadores da linhas Serrano Amps e Rat Rod.
O modelo escolhido foi o V128, que possui características extremamente interessantes, que remontam o desejo dos Serrano Amps quanto a eficiência e resposta de frequência. Alta eficiência com curva que entrega uma atitude tonal vintage.



Construção do falante:
a primeira coisa que notei no V128 foi sua semelhança na aparência com o Celestion Vintage 30...   e não me causaria surpresa se no projeto deste falante esta fosse uma real intenção. Cone bem profundo como os Jensen, Weber, Vintage 30, etc... (não cone raso, como o Legend GB128).




Eminence Legend V128 


 
para efeito comparativo/ilustrativo,
observe o Celestion Vintage 30:




Curva de resposta:
A curva de resposta de frequências de qualquer falante depende de vários fatores, contudo, a que se apresentou como resultado prático do V128 confirma a curva de resposta apresentada pelo gráfico disponibilizado pelo fabricante. E note que neste gráfico se observa também semelhanças com o gráfico do Celestion Vintage 30.
 

Eminence Legend V128



 
 
Celestion Vintage 30
 
Depois disso tudo eu também não ficaria surpreso se o "V" do V128 fosse referente a "vintage", pois a semelhança em construção, acabamento, materiais e curva de resposta são evidentes. Mas afora a comparação com outras marcas/modelos no mercado, o V128 é um falante que sem dúvida parece ultrapassar seus companheiros da mesma linha na Eminence. Tanto na quer na sua construção quanto pela resposta mais plana, veja pelos prospectos fornecidos pelo próprio fabricante em comparação inclusive com os previamente afamados GB128 e Legend 1258:http://www.eminence.com/pdf/Legend_1258.pdf
http://www.eminence.com/pdf/Legend_GB128.pdf
http://www.eminence.com/pdf/Legend_V128.pdf





sábado, 19 de maio de 2012

histórico dos modelos Serrano Amps


A criação dos Serrano Amps
Os Serrano Amps colocaram no mercado a primeira linha, com modelos definidos, de amplificadores de harmônica no Brasil. Resultado da obstinada busca de André Serrano por soluções em amplificação para a harmônica blues. Esta pesquisa mostrou que existiria um universo de amplificadores a serem explorados na busca pelos diversos timbres de harmônica que se tornaram históricos. Os amplificadores de harmônica são, em sua maioria, circuitos de amplificadores de guitarra que são adaptados para as exigências do trabalho com as harmônicas.
Poucos anos depois a Serrano Amps disponibiliza ao mercado seus amplificadores de guitarra, como consequência natural do conceito de alta qualidade que permeia a Serrano Amps.
A missão dos Serrano Amps é a de manter em linha equipamentos que sobrepujam a qualidade dos produtos importados, resultando como opção inteligente para profissionais e entusiastas de maior exigência.

Os primeiros modelos
No começo dos trabalhos da Serrano Amps foram lançados os modelos “Mighty Tone”, “Killer Tone”, “Tone Revive” e “Harp Emperor”.
Os amplificadores possuíam um visual estilo “tweed design” que tinha painel atrás da alça do amplificador, lembrando o visual dos amplificadores da década de 50.
O Mighty Tone e o Killer Tone eram adaptações de circuitos famosos: Bassman 1959, Pro Blackface (respectivamente). Amplificadores potentes e destinados a palcos maiores, portanto.

Tone Revive
Circuito baseado no Champ dos anos 60, porém com um estágio de potência com uma 6L6GC, fornecendo 12w de potência de saída.
Com um falante de alta eficiência Jensen de 12 polegdas ele se torna o mais “vintage tone amplifier” para harmônica jamais feito antes.
Este modelo tinha controles de volume, agudos e graves. Gaspa Vianna é um usuário de um Tone Revive Tweed Design.

Harp Emperor
O próximo modelo da linha Serrano Amps foi o “Harp Emperor”, que também possuía um visual estilo anos 50 com painel atrás da alça.
Este amplificador, juntamente com o Tone Revive, mudou o cenário de amplificadores no Brasil, pois até então todos amplificadores eram feitos segundo os padrões de circuitos dos anos 60 em diante. A verdade é que os fabricantes em geral abandonaram a “falta de fidelidade” ou “falta de eficiência” dos circuitos da década de 50, sendo que para os timbres clássicos da harmônica a Serrano Amps foi buscar os justamente a simplicidade dos circuitos da década de 50. Nestes circuitos é que reside a essência das sonoridades nas gravações mais famosas da era Chess Records.
O Emperor nasce da junção do estágio de potência vintage do início da década de 50 mas com o pré-amplificador com equalizador de 3 vias estilo anos 60 e torna-se uma estupenda ferramenta de timbre vintage, usada desde sua criação até hoje em dia por famosos gaitistas tais como Diogo Farias, Jefferson Gonçalves, Leandro Ferrari, Ale Ravanello, entre outros. Modelo desenhado com baixo ganho no pré-amplificador, de modo a amplificar essencialmente os microfones estilo bullet de alta impedância.

O controle de tonalidade HTC da Serrano Amps
Os amplificadores da década de 50 utilizavam controles de tonalidade, que por excesso de médios nunca foram muito amigáveis à harmônica (ou pelo menos, não da forma com que eram desenhados para guitarra).
A Serrano Amps cria um circuito próprio de controle de tonalidade onde privilegia a passagem de frequências mais graves, promovendo uma melhor curva de frequências para o propósito de amplificar a harmônica. O novo controle de tonalidade é um sucesso e é batizado de “harp tone control” ou por sua sigla, “HTC”. O circuito HTC continua em uso pela Serrano Amps no modelo “Garage Blaster”. Alguns outros modelos utilizaram este circuito também.

STR
O “super Tone Revive” ou simplesmente “STR”, nasceu da ideia de fazer um amplificador extremamente simples como o Tone Revive mas com potência suficiente para palcos grandes. O STR possui então o mesmo estágio de potência em single-ended porém com duas válvulas 6L6GC em paralelo. O Resultado é o mesmo amplificador com o dobro de potência, mas mantendo a característica single-ended, que é extremamente vintage para a obtenção dos timbres de gaita blues.
É importante saber que os estágios de potência em single-ended necessitam de maiores transformadores de saída (se comparados com amplificadores push-pull de mesma potência), contudo, todo esforço é válido na busca pelo timbre desejado.
Um dos usuários deste modelo é o Flávio Guimarães. Também Diego Orrico, Luiz Rocha, entre outros.

O Mini-head
O mini-head era um desenho específico e bastante diferente, para um cabeçote de pequenas dimensões. Foi destinado aos modelos Tone Revive e Super Tone Revive.
Existiu um mini-head que se chamou “Classtone”, e foi um amplificador protótipo que tinha o circuito experimental do “Classman”.
A Maioria dos amplificadores STR foi montado em modelos tipo minihead.

Classic
Painel estilo tweed design com circuito 5F6-a (bassman 1959) com 2x10 Jensen c10q

O novo visual com o painel frontal
Em determinado momento a Serrano Amps passou a fazer amplificadores com painel frontal.
Tone Revive, Emperor ganharam então novo visual, com chassis horizontal, portando o painel na parte fronta dos amplificadores. Os maiores benefícios deste tipo de painel (em comparação com o estilo tweed) é a menor propensão a sujeira, maior proteção contra acidentes com líquidos, visual frontal com mais elementos, maior facilidade de construção do circuito, maior facilidade de alterações, modificações, experimentações.
A implementação do controle HTC para o Tone Revive se deu justamente na mudança do painel estilo tweed para o painel frontal.

Duke (custom)
Idêntica arquitetura do Tone Revive, porém com uma válvula de potência 6V6 dando 6w de potência de saída. Toyo Bagoso é o gaitista usuário desde amplificador.

Supreme
O “Supreme” foi a versão de guitarra para o Emperor. Um amplificador de guitarra que mantém o pré-amplificador ao estilo anos 60, porém com um estágio de potência de alta dinâmica da década de 50. O guitarrista do John Mayall optou por este amplificador durante a passagem de som no teatro do Sesi em Porto Alegre.
O Supreme é portanto um amplificador diferente dos outros em vários sentidos. Sua arquitetura lembraria algo um Vox AC30 adaptado ao uso de um par de 6L6.

Prince
Modelo de dois canais, sendo um com volume e tone estilo guitarra anos 50 e outro com volume e tone HTC para harmônica. Estágio de potência igual ao Emperor com 30w. Dedicado exclusivamente aos timbres do início da década de 50.

Victory
Modelo de guitarra mais famoso na linha Serrano Amps. 45w.
Possui o consagrado circuito 5f6-a, em um painel frontal.
Feito em combo 1x12 ou 2x12 ou em cabeçote com caixa 1x12, 2x12 ou 4x10.
Mais detalhes e demos do Victory neste link:
http://serranoamps.blogspot.com.br/2010/07/victory-45.html
O Victory pode ser feito nas seguintes opções:
2x6L6GC 45w
2xEL34 45w (estilo JCM800 de 1981)
2x5881 com retificadora 5U4 (40w, estilo 5f6-a original de 1959)

Victory SE 12
Amplificador com o mesmo pré-amplificador e painel do Victory, porém com uma estágio de potência “Class-A” em single-ended com uma só válvula de potência 6L6GC fornecendo 12w de potência de saída.
Amplificador de proposta ampla e perfeito para pequenos palcos.

Victory 90
versão de 90w do Victory
feito somente em formato cabeçote

Centurion
versão para o Victory com 22w, duas 6V6GT.

Serrano 18 e Serrano 36
Amplificador de dois canais de entrada, com volume e tone independentes. O circuito é simples e o amp é estilo “plug n play”.
Estágio de potência idêntico aos antigos Marshall 18.

Classman 12 e Classman 25
Um sucesso total para os amplificadores de harmônica.
Trata-se de um pré-amplificador do circuito 5f6-a (bassman 1959) com um estágio de potência do Tone Revive (single-ended 12w sem loop de negativação). Extrai timbre de harmônica blues com a maior facilidade, e seu pré-amplificador lhe dá grande versatilidade para timbres e para uso com diferentes tipos de microfones. O circuito do Classman é projetado para duas válvulas de pré-amplificação, sendo uma de alto ganho e outra de baixo ganho, o que dá margem ao usuário poder ele mesmo aumentar ou diminuir o ganho de seu amplificador através da simples troca de válvulas do pré, mudando assim a atitude do amplificador conforme seu desejo.
Existem vários usuários de Classman, mas o primeiro Classman 12 foi para Tiffany Harp.
O Classman 25 possui o mesmo estágio de potência em single-ended do STR. A nova versão, o “Classman 25 OD”, possui também uma ajuste de potência progressivo, que vai desde 12w até 25w conforme necessidade de volume no palco. Tantas características exclusivas tornam o Classman o amplificador mais exclusivo e mais singular de todos fabricados no mundo.

Linha Optimum Design
A linha optimum Design, ou “OD”, foi uma inovação de layout dos amplificadores. A principal característica foi a minimização de espaço interno.
O descritivo completo pode ser visto neste link:
https://sites.google.com/site/serranoamps/Home/odesign
Na linha Optimum Design alguns do já consagrados Modelos foram editados também neste layout. Seriam estes o Emperor, Supreme, Serrano 18, Classman 25 e o novo Monarch e o Super Duke (este último sendo igual a um Duke, mas com dobro de potência)

Monarch
Amplificador com circuito idêntico aos ”blackface”
Dedicado aos guitarristas de timbres limpos, tais como jazz, blues, swing, rockabilly, country, etc
Uma amostra do Monarch em ação em uma das edições do maior festival de blues da América do Sul neste link:
http://serranoamps.blogspot.com.br/2011/05/monarch-no-palco-principal-do-3-moinho.html

Conquest (custom)
Amplificador idêntico ao Monarch, porém com um canal adicional com controle de volume e tone ao estilo anos 50.

Legionnaire
Versão de 15w (com duas el84) para o Monarch. Descontinuado.

Lord 12
versão de 12w (com duas 6V6) para o Prince. Descontinuado.

Super Duke
Com duas 6V6, idêntico timbre do Duke, porém com o dobro de potência.

Linha Rat Rod
Uma linha diferenciada de amplificadores de acabamento de menor custo, porém com a mesma qualidade de montagem Serrano Amps. A linha Rat Rod apresenta também acabamento diferente, também visando melhor preço de venda aos iniciantes.
Garage Blaster => mesmo circuito do Tone Revive, porém com falante nacional.
Sniper => modelo com pré-amplificador 5f6-a e estágio de potência de uma válvula 6L6GC com loop de negativação. Saiba mais sobre loop de negativação neste link:
http://serranoamps.blogspot.com.br/2010/09/loop-de-negativacao-do-estagio-de.html

Serrano Unique
A Serrano Amps também constrói alguns modelos completamente exclusivos.
São modelos únicos, seja em acabamento ou em circuito, sendo que alguns deles de criação totalmente própria de circuitos.
Por serem criações exclusivas Serrano Amps são intitulados como pertencentes a linha “Serrano Unique”.
Veja alguns Unique amps neste link:
https://sites.google.com/site/serranoamps/serrano-unique

quarta-feira, 9 de maio de 2012

6L6GC, 5881, etc


As válvulas 5881 e 6L6 são diferentes, embora, da mesma “família”.
Em verdade, a 5881 pode ser considerada como um tipo de 6L6, e para poder explicar a atitude da 5881 é necessário explicar o histórico das 6L6.
Ao contrário da maioria das outras válvulas de potência, a 6L6 tem um histórico de upgrades que foram basicamente incrementos da capacidade de potência e/ou dissipação. O resultado disso é uma série de válvulas de atitude similar, porém dedicadas a circuitos diferentes devido aos parâmetros e limites particulares de cada uma delas. Segue abaixo os modelos das 6L6 ao longo dos anos. Pra a melhor compreensão do histórico, foram colocados apenas os modelos mais significativos  (os outros modelos foram omitidos do texto por serem de pouca ou nenhuma expressão).

As primeiras 6L6 - as “metal jacket”.
Imagem:  http://www.eifl.co.jp/index/tube/image/rca_6l6_03.jpg 
datasheet: 
 http://scottbecker.net/tube/sheets/121/6/6L6.pdf 
18,5w de dissipassão de placa
Possuíam apenas 18,5w de tolerência para dissipação de placa, conforme datasheet da Sylvania.
Isso significa que ela aguenta o máximo de 18,5w de dissipassão para o exercício de seu trabalho. (esta dissipação de energia é controlada por um ajuste que chamamos de “ajuste de bias”, ou simplesmente “bias”).
A dissipação de placa é uma margem de tolerância da válvula, e não a sua potência de saída em um amplificador. A potência de saída vai depender do tipo de circuito utilizado.

6L6G
datasheet:
http://www.retrovox.com.au/STC6L6G.pdf
dissipação de placa de 21w máximo.
imagem:  http://www.r-type.org/pics/aaa0107.jpg

Curiosidade: “G” seria para definição “glass”, diferenciando da antiga “metal jacket”

5881
http://www.drtube.com/datasheets/5881-tungsol1962.pdf 
dissipassão de placa de 23w máximo

6L6WGB
http://www.drtube.com/datasheets/6l6wgb-tungsol.pdf 
dissipassão de placa de 26w máximo

6L6GC
http://www.pentalaboratories.com/pdfs/6L6GC.pdf
dissipação de placa de 30w máximo.

Além da dissipação de placa outros parâmetros também aumentam ao longo do histórico da 6L6, tais como dissipação de grade e tensões limites para placa e grade também. Em verdade são características que fazem parte do parâmetro geral de cada upgrade.

As 6L6 GC então são mais potentes?
Sim, elas podem servir em circuitos dimensionados a ela com atingimento de potências maiores. Mas para isso o circuito deve prever os elevados parâmetros de trabalho da válvula.

Qual a diferença entre elas no amplificador de guitarra?
As válvulas menos potentes vão produzir os seus harmônicos necessitando sinais de entrada menores. Contudo, válvulas menos potentes podem não serem compatíveis ao circuito de determinado amplificador se este possui tensões ou correntes elevadas destinadas ao trabalho com as 6L6GC.
Em alguns casos o amplificador possui tensões onde seja possível a instalação de válvulas de menor potência, se a busca for por timbres mais limpos explorando estes timbres do estágio de potência.

Porque o timbre das 5881 fica mais bonito no amp “X” do que as 6L6GC?
Se o amplificador X possui tensão que admite o uso das 5881, ele provavelmente estará trabalhando com tensão alta, mas com menor corrente, para ajustar à dissipação das 5881. O trabalho do estágio será em classe AB extraindo mais harmônicos delas. Já ao ajustar o amp para as 6L6GC ele abaixa a tensão final por permitir maior corrente de trabalho, o que leva o estágio a trabalhar mais em direção ao classe A do que o classe AB, mudando então os harmônicos resultantes para um padrão menos desejado em amplificadores push-pull para guitarra.
Isso não quer dizer que as 6L6GC não possam extrair o mesmo tipo de harmônicos, mas para isso será necessário um outro circuito/amplificador que permita as 6L6GC trabalharem com tensões mais altas (maior sinal de entrada será exigido também).

E como as 6L6 GC dão aquele timbre limpo nos amplificadores estilo década de 60?!!
Simples, elas recebem um sinal enorme para poder chegar a estes timbres.
Por isso que a válvula que as alimenta é em geral uma 12AT7, que ao contrário da 12AX7, aguenta um forte sinal de entrada, podendo assim fornecer um fortíssimo sinal limpo para as 6L6GC.

O meu amp pode receber um par de 5881??  sem atentar contra as válvulas?!
Somente através de medição para saber (exceto em casos já conhecidos).
Em amplificadores que possuem retificadora 5AR4 com um par de 6L6GC podem geralmente migrar para retificadora 5U4 (com maior queda de tensão) permitindo um par de 5881.

Conclusão
São válvulas muito parecidas e que causam uma certa confusão justamente por terem parâmetros de trabalho extremamente próximos, permitindo aos usuários que experimentem um par ou outro.
O “x” da questão é que o amplificador tem seu parametro de trabalho conforme seu circuito...   pode ser muito alto para uma 5881...   pode ser muito baixo para uma 6L6GC...    no final das contas o melhor é buscar qual par de válvulas trabalha a pleno conforme o circuito do amplificador, para dele se extrair o mix de harmônicos com a nobreza que se espera.

Ainda...
em muitos circuitos existe a possibilidade de alteração pra que você possa abaixar a tensão, habilitando ele ao uso de válvulas da família 6L6 de menor potência. 

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Victory 90

O já bastante conhecido modelo Victory, de 45w, ganhou um novo chassis fabricado com tecnologia de corte a laser, que além de agregar acabamento de alto nível, propiciou a criação do Victory 90, que é a versão de 90w do mesmo amplificador, com 4 válvulas no estágio de potência.
Na imagem do chassis, logo abaixo, pode ser visualizado os "cortes descontinuados" que servem de espera para os modelos Victory 90, com 4 válvulas de potência.

As característica gerais do Victory você pode ver neste link:
http://serranoamps.blogspot.com.br/2010/07/victory-45.html 


corte a laser para os novos chassis

Os novos chassis da Serrano Amps são agora produzidos com a mais alta tecnologia de corte a laser. A precisão de encaixe dos componentes é micrométrica, o acabamento é espetacular, a pintura e serigrafia são perfeitas e o chassis ganha em resistência pelas soldagens perfeitas.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Transformadores para microfones de harmônica

É sempre meio complicado falar sobre assunto técnico sem ser técnico ao falar.
Eu me esforcei bastante pra tentar passar os conceitos de maneira mais compreensível aos leitores músicos e, principalmente, os gaitistas.

Introdução
Com o constante crescimento do número de gaitistas no mundo, as cápsulas antigas de alta impedância estão cada vez mais raras, e por isso, mais caras. Muito tem se dito sobre a alternativa de se fazer microfones para gaita com cápsulas dinâmicas (de baixa impedância) com a colocação de transformadores de áudio. O propósito dos transformadores é de elevar a impedância de saída do conjunto, uma vez que as cápsulas dinâmicas são de baixa impedância.
Estes transformadores são chamados de “step-up transformers”, pois o que eles fazem é justamente elevar a voltagem do sinal de áudio (e a impedância por conseqüência). Os mesmo transformadores podem ser utilizados de forma reversa em aplicações que demandem a diminuição de alta para baixa impedância.

Isso, para os antigos, não era nenhuma novidade, pois os primeiros microfones que surgiram com cápsulas dinâmicas usavam todos eles os transformadores de impedância, já que as entradas dos sistemas de amplificação eram de alta impedância.
Um bom exemplo deste tipo de microfone é o Electro Voice 605, que por sinal, também é um microfone famoso para a gaita. Tive a oportunidade de dar uma espiada em um ainda original. Falarei mais sobre isso mais adiante no texto.

Um exemplo atual de cápsula dinâmica com transformador de impedância é o atual microfone estilo bullet, o 520DX da Shure, que também possui uma cápsula dinâmica (baratinha por sinal) com um transformador de impedância. Ainda que não consiga ser um microfone capaz de se equiparar aos antigos, ele ao menos “cumpre a sua função”, contudo, com uma ênfase muito grande nas frequências médias e pouco ganho nas frequências graves.
No caso da Shure ficou claro que este conjunto adotado não deu continuidade a resposta de frequências que eles tinham com as cápsulas CM (Controlled Magnetic) feitas no México, e muito distante das mais antigas CM ou CR (Controlled Reluctance) feitas nos EUA.
A eficiência (ou não) de um microfone dinâmico pode estar em ambos itens, na cápsula e no transformador. Ambos são responsáveis pela curva de resposta de frequências e pela eficiência nos desejados graves. A baixa qualidade dos componentes, aí neste caso, interfere bastante no resultado.
Começa a ser comum se encontrar este tipo de cápsula a venda em sites tipo Ebay ou Mercado Livre, provavelmente como sucata de um microfone em que foi feito um upgrade com uma boa cápsula vintage.




cápsula Shure com o transformador

site vendendo apenas a cápsula com transformador a preço módico

Adiante então...

Se analisarmos estas cápsulas dinâmicas, baratas, que estão disponíveis no mercado, sabemos já que são de baixa impedância... ok... porém, podem variar bastante conforme o fabricante e proposta. Existem, por exemplo, cápsulas de baixa impedância de 10 ohms, 50 ohms, 300 ohms, etc e que também nunca possuem a impedância da cápsula descrita.
Com a utilização de gerador de áudio e osciloscópio é possível se determinar a impedância do microfone em uma determinada frequência, mas este não é o caso dos gaitistas e customizadores de plantão.
Então como saber que transformador utilizar?? (considerando a falta de aparelhos e técnica necessária para isso)
A melhor solução, neste caso, é de se ter mais de um transformador para se testar o melhor resultado. Quem sabe até uns 3 ou 4 diferentes transformadores para poder dar um melhor acerto.


Nem todo transformador que você vê é um “aumentador” de voltagem ou “casador de impedâncias”

Um erro comum entre os experimentadores é imaginar que todo pequeno transformadorzinho que se encontra no mercado é um “step-up”. Não são! Conforme a aplicação são transformadores diferentes tais como isoladores de corrente DC, outros são utilizados em inversão de sinal, enfim... só porque tem “carinha de transformador” não significa que seja exatamente para o propósito desejado de se elevar uma impedância de um mic. Então não se anime tanto quando encontrar aquela caixa de saldo de componentes velhos a preço de banana nas casas de eletrônica... antes de comprar, tem que se saber pra que foram feitos!!
Dica, transformadores de saída de rádios antigos transistorizados dão bom uso para um step-up. (não me pergunte aonde encontrar)

Alguns microfones antigos (Leson inclusive SM58 prateado antigo), possuíam dentro de si transformadores de impedância para que o usuário pudesse optar qual terminal usar, conforme o equipamento a plugar o microfone. Algumas outras marcas também tinham. (não me pergunte aonde encontrar)

Alguns fabricantes de transformadores no Brasil fazem este tipo de transformador de entrada de sinal. Nada que uma boa pesquisa não se encontre. (não me pergunte aonde encontrar).

Existe também o mundo dos pré-amplificadores valvulados para aplicação hi-fi e gravações, que é lotado de transformadores de impedância de entrada de altíssima qualidade, que foram feitos destinados a outros propósitos de fidelidade sonora tais como microfones condensadores, cápsulas “phono moving coil”, etc...
Alguns destes transformadores possuem mais de uma possível ligação, oferecendo várias opções de aumento de impedância.
Estes sim eu considero o supra-sumo em transformador de áudio para esta proposta. Muitos deles famosos se encontram a venda no ebay por preço razoáveis. Marcas como Jensen, Altec, UTC, RCA, etc
Alguns deles com curvas de resposta que iniciam em 20 ou 30hz!! (muita eficiência nos graves).

um step-up barato, usado

transformador step-up blindado de pequena dimensão




um step-up made in China
boa dimensão e barato


duas entradas diferentes, saída em 50K ohms

3 diferentes opções de entrada, para uma saída em 50K ohms

Fantástico transformador com entradas diversas desde
50 ohms até 600 ohms, e saída em 50K ohms.
Ideal para determinar que transformador se encaixa a uma
determinada cápsula dinâmica para uso com harmônica.


Sobre as cápsula dinâmicas...

As muitas disponíveis no mercado são destinadas a soluções como interfones ou sistemas de comunicação que não exijam fidelidade e muito menos uma boa resposta de graves.
Algumas delas podem oferecer algum tipo de resposta até “razoável” a um hobbista. Ou servem também para se fazer uma alternativa de baixo custo para um gaitista que realmente não tenha como destinar maior recurso para um microfone.


exemplos de cápsulas encontradas no mercado:







mas o interessado em “experimentar” pode utilizar algumas cápsulas “melhorzinhas” que são as de baixo custo destinadas a microfones de voz:



Sobre as cápsulas Controlled Magnetic de baixa impedância

As CM de baixa impedância (pouco comuns aqui no Brasil) são as cápsulas que seriam as mais indicadas pra se utilizar os transformadores de impedância, pois elas possuem a mesma resposta de freqüência das CM de alta impedância, só que entregam um sinal em baixa voltagem. Com o uso de um transformador adequado e de boa qualidade seria possível de se obter a mesma resposta do CM de alta. Há também nos EUA quem consiga desmontar as CM para refazer o enrolamento delas de baixa para alta impedância (e ainda dão um boost de sinal com um enrolamento enorme).
Com certeza que o futuro vai revelar um crescente aumento na busca destas cápsulas CM de baixa impedância uma vez que se domine o casamento delas com os transformadores adequados, abrindo esta nova “porta” aos customizadores de plantão, pois as boas CM de baixa antiga e com transformador podem “falar”melhor do que as CM de alta mais recentes.
Vale a pena lembrar que ninguém ainda tentou aumentar o campo magnético das cápsulas CM, aumentando o núcleo que gera o campo magnético. Ou seja, existem outros itens numa CM ainda a ser explorados/customizados.
Talvez ninguém tenha ainda surgido com esta idéia até agora, sim?!!!


Sobre a análise do EV605

Encontrei uma robusta cápsula dinâmica dentro do EV605.
E robusto também era o transformador de impedância, que ocupava um considerável espaço dentro do mic. As grandes dimensões dos dois componentes obviamente responde o porquê ele possui maior resposta em graves do que os outros microfones que utilizam o mesmo método.
A relação de impedância do transformador eu verifiquei e era de 66,8 vezes o fator de multiplicação da entrada pra a saída. Isto significa que o transformador em questão eleva a impedância da cápsula utilizada em 66,8 vezes.
Só saber a relação de entrada e saída de impedância do transformador, não trás muita informação, sem se saber a impedância da cápsula em questão.
Mas saber que se trata de um transformador que transforma entre 50 à 100 vezes, já é um começo.


Conclusões:

- Sem os aparelhos de aferição necessários, vc está no escuro... e sendo assim, não há uma regra para vc escolher o transformador que melhor se adapta a uma determinada cápsula dinâmica. O melhor, para um método de “tentativa e erro” é ter uns 3 ou 4 diferentes transformadores para poder melhorar o casamento. Ou utilizar um transformador de várias entradas para experimentar múltiplas opções. Inicie uma tentativa com um transformador de relação próximo a 50 vezes (para saber a relação basta dividir a impedância de saída pela impedância de entrada descrita no transformador)
- A experimentação é livre no que diz respeito as cápsulas de baixo custo, mas jamais espere uma boa aplicação profissional comparável às antigas e famosas cápsulas dos microfones estilo bullet, que possuem um alcance de frequências muito superior do que estas de baixo custo. (principalmente devido ao grande diafragma que possuíam as antigas, propiciando melhor ganho em graves)
- Quando for tentar fazer um microfone, lembre de usar algo metálico como invólucro, ou usar uma blindagem interna feita com papel alumínio. (já vi microfones de “customizadores” com sério problema de blindagem)- Na minha opinião, uma boa cápsula dinâmica com um bom transformador de áudio pode chegar a resultados fantásticos, satisfazendo, não a totalidade, mas uma grande parcela de gaitistas como primeira opção.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

clientes e amigos da Serrano Amps #1


André Bertinetti(Victory 1x12)

Beno Zaterka (Harp Emperor)